sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Os Avós Nunca Morrem, Apenas Ficam Invisíveis






Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração.
Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.
Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao mundo.
A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância.
Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam invisíveis.
Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos.
Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem cedo.
O vínculo dos avós com os netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente de uma criança ou adolescente.
Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.
O adeus dos avós: a primeira experiência com a perda
Muitas pessoas têm o privilégio de ter ao seu lado algum dos seus avós até ter chegado à idade adulta.
Outros, pelo contrário, tiveram que enfrentar a morte deles ainda na primeira infância, naquela idade em que ainda não se entende a perda de uma forma verdadeiramente real, e onde os adultos, em certas situações, a explicam mal na tentativa de suavizar a morte ou fazer de conta que é algo que não faz sofrer.
A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos dizer sempre a verdade a uma criança.
É preciso adaptar a mensagem à sua idade, sobre isso não há dúvidas, mas um erro que muitos pais cometem é evitar, por exemplo, uma última despedida entre a criança e o avô enquanto este está no hospital ou quando fazem uso de metáforas como “o avô está em uma estrela ou a avó está dormindo no céu“.
– É preciso explicar a morte às crianças de forma simples e sem metáforas para que elas não criem ideias erradas. Se dissermos a elas que o avô foi embora, o mais provável é a criança perguntar quando é que ele vai voltar.
– Se explicarmos a morte à criança a partir de uma visão religiosa, é necessário incidir no fato de que ele “não vai regressar”. Uma criança pequena consegue absorver apenas quantidades limitadas de informação, dessa forma, as explicações devem ser breves e simples.
É também importante ter em conta que a morte não é um tabu e que as lágrimas dos adultos não têm que ficar ocultas perante o olhar das crianças. Todos sofremos com a perda de um ente querido e é necessário falar sobre isso e desabafar.
As crianças vão fazer isso no seu tempo e no momento certo, por isso, temos que facilitar este processo.
As crianças irão nos fazer muitas perguntas que precisam das melhores e mais pacientes respostas.
A perda dos avós na infância ou na adolescência é sempre algo complexo, por isso é necessário atravessar essa luta em família sendo bastante intuitivos perante qualquer necessidade dos nossos filhos.
Embora já não estejam entre nós, eles continuam muito presentes
Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com a nossa família e também nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.
Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo, enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre foram os nossos corações, onde eles descansam eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória.
A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela árvore que plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos costurou e que ainda hoje temos.
Estão no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso queixo que herdamos deles.
Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas emoções de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos ensinaram a ir um pouco mais devagar e ao ritmo deles, a saborear uma tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que existe uma linguagem que vai muito mais além das palavras.
É a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol. Tudo isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade das pessoas.
No legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a cada dia.

Retiros Alma da Terra, ofertam o treinamento em constelações familiares e sabedorias da Natural Medicina Alma da Terra, em maio de 2019, informe-se conosco, deixe seu recado, siga nossa página no faebook, nosso blog Alma da Terra e ou consulte nosso Site-http://sabedoriaalmadaterra.com.br/

(Autora: Valéria Amado)


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Constelações familiares: o que são e como nos afetam









As constelações familiares é uma nova abordagem terapêutica que procura entender o comportamento que ocorre dentro das famílias. Por meio desta terapia é possível ver e perceber como você é moldado através dos relacionamentos com as pessoas mais próximas a você.

É um fato que a sua personalidade, sua forma de ver a vida e a forma que você enfrenta o dia a dia dependem do que você aprendeu na infância. Muitas vezes não entendemos por que temos certos problemas ou não podemos mudar algumas ideias. As constelações familiares nos ajudam a entender de onde vem tudo isso e nos dão as ferramentas para mudarmos o que for necessário.

A eficácia das constelações familiares já fez com que muitos profissionais da área começassem a usá-la. Aqui falaremos sobre alguns detalhes para entender melhor essa terapia e para ajudá-lo a decidir se é o que você precisa.

Constelações familiares

Benefícios das constelações familiares
A abordagem das constelações familiares está ganhando muita força dentro da terapia emocional. Não é incomum se você levar em conta todos os seus benefícios:

Permite entender os problemas desde a raiz. Muitas terapias se concentram na busca da solução. Com as constelações familiares você começa da base da sua vida e dos seus problemas: a família. Ela permite que você entenda como os padrões negativos estão lhe afetando e dá as soluções para mudar de forma eficaz.
É uma abordagem terapêutica  que solicita  um investimento de tempo menor. A maior parte das terapias psicológicas requer vários meses ou anos para tratar as situações que lhe afetam. Estes tempos são significativamente reduzidos com as constelações familiares.






É possível solucionar problemas emocionais. Depressão? Agressividade? Relacionamentos tóxicos constantes? Não importa qual seja o problema que você tem, você pode mudá-lo com as constelações familiares. Isso porque todos os problemas emocionais nascem de um sofrimento sistemático. Quando você entende de onde vem o que você enfrenta, é possível solucionar o que nasce a partir dele.
Melhore os seus relacionamentos familiares. As constelações familiares ajudam a ver o que está em desordem  com a sua família e a melhorar isso. Às vezes você não pode simplesmente mudar os padrões adquiridos, mas consegue mudar a sua forma de agir. Esta abordagem permite que você cure as feridas, perdoe e lide com as pessoas tóxicas que não podem sair da sua vida.
Quais são os efeitos das constelações familiares?
Já nos referimos anteriormente os benefícios da abordagem das  constelações familiares e certamente eles pareceram interessantes. Mas isso vai mais além, pois a terapia não afeta apenas o seu passado e o seu presente. Descubra os efeitos e você verá que essa é uma alternativa muito interessante.






Vai melhorar a ligação que você tem com a sua família. Talvez você pense que ao descobrir como a sua família o afetou negativamente você vai querer sair de lá. O efeito é justamente o contrário. Quando você descobrir quais são as razões do seu comportamento, também irá entendê-lo melhor. O que agora parece impossível de aceitar ou perdoar é visto de outra perspectiva e isso melhora o relacionamento com os seus entes queridos.
Ocorre uma mudança profunda em todos os que participam na terapia de constelações familiares. Consegue imaginar uma terapia em que toda a sua família possa ser curada ao mesmo tempo? Ainda que existam outras alternativas, as constelações familiares permitem desenterrar segredos e emoções que não são possíveis em outras terapias. Será possível entender melhor mesmo os familiares que não participarem nessa terapia, e ela é igualmente útil para as crianças da casa.
Permite criar bases sólidas para as crianças. Você pode pensar que para as crianças não importa realmente o que está acontecendo, mas isso não é verdade. O que não se deve esquecer é que se você entrar nesse tipo de terapia, é porque a sua infância foi afetada.

Constelações familiares
Aproveite os benefícios das constelações familiares
Eu sei que falar dos seus problemas já é difícil, e fazer isso diante da sua família para que cada um assuma suas responsabilidades é mais ainda. Mas esse é o primeiro passo para evoluir de conhecidos vivendo juntos para uma verdadeira família que se apoia.

Você alguma vez já participou de uma vivência em  constelações familiares? O que somou  a sua vida? Você a faria?

A Natural Medicina Alma da Terra, oferta treinamentos nesse saber que tem ajudado centenas de pessoas.Informe-se.Em maio de 2019 está agendado o nosso próximo encontro.Fale com Patricia C. Alves, contato facebook.
Sahwenya Passuello.
Texto-Fonte: A mente é maravilhosa.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Quando alguém que amamos morre, deixa de viver entre nós para viver dentro de nós




Luiza Fletcher


Perder alguém que amamos é uma das situações mais difíceis que podemos enfrentar na vida.
De uma hora para outra, aquela pessoa que estava todos os dias ao nosso lado compartilhando momentos, ajudando-nos a superar tristezas, proporcionando-nos alegria e presença simplesmente se vai, e ficamos apenas com o sentimento de vazio e muita dor em nossos corações, que pode demorar muito tempo para amenizar.
É muito difícil nos desacostumarmos com o amor, a presença, o carinho e a dedicação de uma pessoa amada. Nunca mais vermos o seu sorriso, ouvirmos a sua voz e não termos o seu ombro amigo é uma sensação muito dolorosa, que nos faz sentir impotentes diante dessa realidade que infelizmente não podemos mudar.
Não importa como vivemos e no que acreditamos, a morte é a única certeza da vida, e ainda que saibamos disso desde sempre, muitas vezes não estamos preparados para lidar com ela quando chega em nosso caminho.
Vivemos o luto com muita intensidade, sentimos raiva, dor, choramos, não nos conformamos e muitas vezes também prejudicamos nossos outros relacionamentos pessoais ou profissionais porque a dor parece tomar conta de todo o nosso ser e guia todos os nossos passos. Essa fase dura um tempo específico para cada um de nós, mas em algum momento, cansados de lutar contra o inevitável, nós percebemos que é preciso seguir em frente, mesmo sem o nosso amado do lado.
É nesse momento que juntamos todas as nossas forças, toda a sabedoria que temos guardada e percebemos que não precisamos nos esquecer da outra pessoa, e que apesar de ela ter deixado de viver entre nós, sempre viverá dentro de nós, e que por isso nunca estará realmente longe.
Quando perdemos alguém que amamos, a única coisa que realmente se vai é o seu corpo, porque o amor, o espaço em nossos corações e os momentos vividos continuam para sempre dentro de nós.
Nossos amados sempre viverão dentro de nós, e sempre que pensamos neles, que nos lembramos de nossas histórias, percebemos que a morte, apesar de dura, não pode nos separar de verdade.
Tudo o que alguém representa para nós não se vai da noite para o dia, permanece sempre conosco. Para muitos, existe a crença de que aqueles que já se foram continuam presentes, sempre prontos para ajudar em nossos momentos de dificuldades e nos guiar para uma vida feliz.
O amor é muito maior do que a morte, e é graças a ele que aqueles que partem continuam vivos dentro de nós e se mostram presentes a cada pensamento, sentimento e acontecimento aleatórios da vida que nos mostram que não estamos sozinhos.
Precisamos compreender que a morte não precisa ser o fim, e que podemos superar a ausência física se mantivermos viva a memória da pessoa que não está mais conosco. Recordar as lembranças felizes nos ajuda a lidar com a ausência e nos dá paz para seguirmos nossos caminhos sem culpa, sabendo que estamos fazendo aquilo que eles gostariam, movendo-nos em direção à felicidade.
Aqueles que amamos nunca nos deixam de verdade, estão sempre conosco, e mesmo que não estejam mais entre nós, sempre estarão em nós. Lembre-se sempre disso.


Natural Medicina Alma da Terra-
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É possivel viver a cura de um trauma? Como?





A Orientação da Energia Flor é Ser é uma abordagem terapêutica da Natural Medicina Alma da Terra, a qual acontece de forma intuitiva , essencialmente corporal, que conta com a sensopercepção (“sensação sentida”) como recurso principal.

Não é uma técnica, é uma sintonização pela atenção focada no corpo, veiculada pela respiração consciente intuitiva.

É natural e orgânica, parte da leitura sinestésica corporal e da energia manifesta na base do Campo de Energia Consciencial do Interagente no "momentun" que está receptivo a vivenciar esse suporte, na medida que ganhe força e fortalecimento naturalmente acessando o trauma.

Permite que se amplie a percepção corporal, direcionando a atenção para o corpo e dando o tempo e espaço necessários para que o corpo se regule novamente.

Muitas vezes, durante a Orientação as respostas de defesas que foram interrompidas no momento do trauma podem ser liberadas, descarregadas e regeneradas, possibilitando fluxo interrompido, em sua experiencia completar.

A partir dos sinais do "Campo de Consciência" o próprio impulso e fluxo que o corpo apresenta na sessão, uma imagem interna, uma palavra e ou percepção expressa, na expiração na fala envia sinais para que a Orientação prossiga, até que a energia em sua trajetória se complete.

Para o sistema fisiológico, esse processo é altamente regulador já que até o momento não foi possível reagir ou não houve tempo de reagir nesse espaço, onde houve a lesão ( o trauma).

Uma grande carga de ativação fica guardada no corpo, e isso pode acontecer por anos.

Esse fato gera muito gasto de energia para atividades simples, ou diante de escolhas e tomadas de decisões somatiza granes cargas de energia,apresenta enquanto padrão o rígido funcionamento para conter essa ativação.

Fluindo a auto-regulação, que é a capacidade inata do organismo se regular, ofertando sempre "escolhas" ao interagente, o “menos é mais”.

Dessa forma, o importante é trabalhar e acompanhar o tempo de assimilação, elaboração, integração e assentamento de cada movimento de liberação vivido pelo interagente.

Essa Postura por parte daquele que "Orienta" aquele que busca o próprio "Oriente" em si mesmo, oferta o tempo, o espaço e o ritmo necessários para que se dê a auto-regulação do Organismo, o movimento da essência, e cura se dê.

A energia pura transborda através dos novos espaços que se revelam, na medida que pequenos movimentos de cura sentida inundam o sistema nervoso cicatrizando as lesões do trauma.

A Orientação da Energia, enquanto abordagem terapêutica da Natural Medicina Alma da Terra, respeita o tempo do interagente, o pulso de sua energia, de uma forma profunda, oportuniza a escuta, as escolhas e, ao mesmo tempo é suave, ofertando a contenção da psique e a base necessária a estabilidade.

Inicialmente dispõem em suas bases de Campo a Modelagem das Histórias Vivas, a representação de Ancoras, um primeiro caminho para acessar e desenvolver a percepção e tomada de consciência sentida, dos "Campos de Energia" Internamente.

Nesse ínterim, a Energia Pura em movimento, através de representantes e ancoras, pode revelar o entendimento e a solução diante do trauma.

Ofertando a possibilidade de ver o que é, a nível sensorial, cognitivo levando para a esfera do sentir e da intuição tendo como ponto de partida os campos do universo externo.

De forma a completar a Orientação da Energia em seu fluxo, em segundo momento a partir do universo interno e silencioso incia o reconhecimento dos campos de energia em movimento ativando quanticamente a possibilidade de orientação ou em alguns casos, a própria quietude na respiração intuitiva veicula a cura.

A cura que para alguns inicia-se pela observação dos campos de representações externas para outros o movimento de amadurecimento e cura se dá, a partir do universo interno.

Ir e vir, sem sair de si, é o grande aprendizado, reconhecer o campo de energia pessoal e interacional, mantendo a mente focada no amor.

Cada ser é único, é preciso respeito e amor, quando estamos interagindo com o ser humano.Não sabemos o quão delicada é a história de cada um.

A postura testemunha daquele que Orienta, possibilita um olhar e uma escuta refinada a fim de guiar ao quem está ao seu lado, ao encontro de seu próprio Oriente.

Sahwenya Passuello
Criadora da Natural Medicina Alma da Terra.
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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Isso não começou com você: Como traumas familiares moldam quem você é?










Este artigo é um trecho do livro de Mark Wolynn, Mark Wolynn’s book. 

Uma característica bem documentada sobre trauma familiar para muitos, é a nossa incapacidade de articular o que nos acontece. Nós não só sabemos como falar, mas também se perde em nossa memória. Durante um incidente traumático, nossos processos de pensamentos tornam-se dispersos e desorganizados de tal forma que já não reconhecemos as memórias como pertencentes ao evento original. Em vez disso, fragmentos de memória, dispersos como imagens, sensações corporais e palavras, são armazenados em nosso inconsciente e podem ser ativados posteriormente por qualquer coisa, mesmo que remotamente, que relembre a experiência original. Uma vez que eles são acionados, é como se um botão de rebobinação invisível tivesse sido pressionado, fazendo-nos reencontrar aspectos do trauma original em nossas vidas no dia-a-dia. Inconscientemente, podemos nos encontrar reagindo a certas pessoas, eventos ou situações de maneiras antigas e familiares que ecoam do passado.
Sigmund Freud identificou esse padrão há mais de cem anos. A reconstituição traumática, ou a “compulsão de repetição”, como Freud nomeou, é uma tentativa do inconsciente de reproduzir o que não está resolvido, para que possamos “entender”. Essa unidade inconsciente para reviver eventos passados ​​poderia ser um dos mecanismos que trabalha quando as famílias repetem traumas não resolvidos nas gerações passadas.
O contemporâneo de Freud, Carl Jung, também acreditava que o que permanece inconsciente não se dissolve, mas ressurge em nossas vidas como destino ou fortuna. “Tudo o que não surge como consciência”, disse ele, “retorna como destino”. Em outras palavras, é provável que continuemos repetindo nossos padrões inconscientes até trazê-los à luz da consciência. Jung e Freud observaram que tudo o que é muito difícil de processar não desaparece por conta própria, mas sim é armazenado em nosso inconsciente.
Freud e Jung observaram cada vez que fragmentos de experiências de vida previamente bloqueadas, suprimidas ou reprimidas apareciam nas palavras, gestos e comportamentos de seus pacientes. Durante décadas, terapeutas viram pistas, como lapsos de linguagem, padrões de acidentes, ou imagens oníricas como mensageiros que brilham uma luz para as regiões indizíveis e impensáveis de vida de seus clientes.
Os avanços recentes na tecnologia de imagem permitiram que os pesquisadores desvendassem o cérebro e as funções corporais que “falharam” ou “quebraram” durante episódios devastadores. Bessel van der Kolk é um psiquiatra holandês conhecido por sua pesquisa sobre o estresse pós-traumático. Ele explica que durante um trauma, o centro de fala encerra, assim como o córtex pré-frontal medial, a parte do cérebro responsável por experimentar o momento presente. Ele descreve o “terror sem fala” do trauma como a experiência de estar em uma “perda de palavras”, uma ocorrência comum quando os caminhos cerebrais de lembrança são dificultados durante períodos de ameaça ou perigo. “Quando as pessoas revivem suas experiências traumáticas”, diz ele, “os lobos frontais ficam prejudicados e, como resultado, eles têm dificuldade para pensar e falar”.
Ainda assim, tudo não é silencioso: palavras, imagens e impulsos que se fragmentam após um evento traumático emergem para formar uma linguagem secreta de nosso sofrimento que carregamos conosco. Nada está perdido. As peças acabaram de ser reencaminhadas.
 

 As tendências emergentes em psicoterapia estão agora começando a apontar além dos traumas individuais também incluem eventos traumáticos na história familiar e social como parte do quadro inteiro. As tragédias que variam em tipo e intensidade
como o abandono, o suicídio e a guerra, ou a morte precoce de uma criança, pai ou irmãopodem enviar ondas de choque de angústia em cascata de uma geração para a próxima. Desenvolvimentos recentes nos campos da biologia celular, neurobiologia, epigenética e psicologia do desenvolvimento sublinham a importância de explorar pelo menos três gerações de história familiar para entender o mecanismo por trás dos padrões de trauma e sofrimento que se repetem.
A seguinte história oferece um exemplo vívido
Quando conheci Jesse, ele não teve uma noite inteira de sono por mais de um ano. Sua insônia era evidente nas sombras escuras ao redor de seus olhos, mas o vazio de seu olhar sugeria uma história mais profunda. Apesar de apenas vinte anos, Jesse ficou com pelo menos dez anos de idade. Ele afundou no meu sofá como se suas pernas já não aguentassem seu peso.
Jesse explicou que ele tinha sido um atleta-estrela e um aluno com ótimas notas, mas que sua persistente insônia havia iniciado uma espiral descendente de depressão e desespero. Como resultado, ele abandonou a faculdade e teve que perder a bolsa de beisebol que ele tinha batalhado tão duro para conseguir. Ele procurou desesperadamente ajuda para recuperar sua vida e colocar ela no caminho certo. Ao longo do último ano, ele tinha estado em três médicos, dois psicólogos, uma clínica de sono e um médico naturopata. Nenhum deles, ele relatou em um monólogo, foi capaz de oferecer qualquer ideia do que fosse ou ajuda real. Jesse, olhava principalmente para o chão enquanto compartilhava sua história, me disse que estava no fundo do poço.
Quando perguntei se ele tinha alguma ideia sobre o que poderia ter desencadeado sua insônia, ele balançou a cabeça. O sono sempre veio facilmente para Jesse. Então, uma noite, logo após o décimo nono aniversário, ele acordou de repente às 3:30 da manhã. Ele estava gelado, tremendo, incapaz de se aquecer, não importava o que tentasse. Três horas e vários cobertores mais tarde, Jesse ainda estava bem acordado. Não só ele estava frio e cansado, como ele foi agarrado por um estranho medo que ele nunca experimentou antes, um medo de que algo horrível pudesse acontecer se ele se deixasse caísse no sono. Se eu for dormir, nunca vou acordar. Toda vez que ele sentia-se sonolento, o medo o trazia de volta à vigília. O padrão repetiu-se na noite seguinte, e a noite depois disso. Logo a insônia tornou-se uma provação noturna. Jesse sabia que seu medo era irracional, mas ele se sentia indefeso para acabar com isso.
Escutei atentamente enquanto Jesse falava. O que se destacou para mim era um detalhe incomumele estava extremamente frio, congelando, ele disse, antes do primeiro episódio. Comecei a explorar isso com Jesse e perguntei se alguém de ambos os lados da família sofria de um trauma que envolvesse frio, ou estar adormecido ou algo com a idade “dezenove”.
Jesse revelou que sua mãe tinha recentemente informado sobre a trágica morte do irmão mais velho de seu paium tio que ele nunca soube que ele tinha. O tio Colin tinha apenas dezenove anos quando congelou até a morte controlando as linhas de energia em uma tempestade ao norte de Yellowknife, nos Territórios do Noroeste do Canadá. Trilhas na neve revelaram que ele tinha se esforçado para não cair. Eventualmente, ele foi encontrado à beira de uma nevasca, tendo perdido consciência por conta da hipotermia. Sua morte foi uma perda tão trágica que a família nunca falou seu nome novamente. Agora, três décadas depois, Jesse estava inconscientemente revivendo aspectos da morte de Colinespecificamente, o terror inconsciente de adormecer. Para Colin, cair significava morte. Para Jesse, adormecer deve ter sentido o mesmo.
Fazer a conexão foi um ponto de virada para Jesse. Uma vez que ele percebeu que sua insônia tinha sua origem em um evento que ocorreu trinta anos antes, ele finalmente teve uma explicação para o medo de adormecer. O processo de cura agora poderia começar. Com ferramentas que Jesse aprendeu em nosso trabalho em conjunto, que será detalhado mais adiante neste livro, ele conseguiu se libertar do trauma sofrido por um tio que ele nunca conheceu, mas cujo terror ele inconscientemente assumiu como seu. Não só Jesse se sentiu livre da neblina pesada da insônia, ele ganhou uma sensação mais profunda de conexão com sua família, com seu presente e seu passado.
Na tentativa de explicar histórias como a de Jesse, os cientistas agora são capazes de identificar marcadores biológicosevidências de que os traumas podem e passam de uma geração para a outra. Rachel Yehuda, professora de psiquiatria e neurociência na Mount Sinai School of Medicine em Nova York, é um dos principais especialistas mundiais em estresse pós-traumático, uma verdadeira pioneira neste campo. Em numerosos estudos, Yehuda examinou a neurobiologia do TEPT em sobreviventes do Holocausto e seus filhos. Sua pesquisa sobre o cortisol em particular (o hormônio do estresse que ajuda nosso corpo a voltar ao normal depois de experimentar um trauma) e seus efeitos sobre a função cerebral revolucionaram a compreensão e o tratamento do TEPT em todo o mundo. (Pessoas com TEPT revivem sentimentos e sensações associadas a um trauma apesar do fato de que o trauma ocorreu no passado.)
Yehuda e sua equipe descobriram que os filhos de sobreviventes do Holocausto que tinham TEPT nasceram com níveis baixos de cortisol semelhantes aos seus pais, predispondo-os a reviver os sintomas de TEPT da geração anterior. Sua descoberta de níveis baixos de cortisol em pessoas que experimentaram um evento traumático agudo tem sido controversa, indo contra a noção de longa data de que o estresse está associado a altos níveis de cortisol. Especificamente, nos casos de TEPT crônica, a produção de cortisol pode ser suprimida, contribuindo para os baixos níveis medidos em ambos os sobreviventes e seus filhos.
Yehuda descobriu níveis baixos de cortisol em veteranos de guerra, bem como em mães grávidas que desenvolveram TEPT depois de serem expostas aos ataques do World Trade Center e em seus filhos. Não só ela descobriu que os sobreviventes em seu estudo produziram menos cortisol, uma característica que eles podem transmitir aos seus filhos, ela observa que vários distúrbios psiquiátricos relacionados ao estresse, incluindo TEPT, síndrome da dor crônica e síndrome da fadiga crônica, estão associados a baixos níveis sanguíneos de cortisol. Curiosamente, 50 a 70 % dos pacientes com TEPT também atendem os critérios diagnósticos para depressão maior ou outra disposição ou transtorno de ansiedade.
A pesquisa de Yehuda demonstra que você e eu somos três vezes mais propensos a experimentar sintomas de TEPT se um dos nossos pais tiveram TEPT e, como resultado, é provável que soframos de depressão ou ansiedade. Ela acredita que este tipo de TEPT geracional é herdado, em vez de ocorrer de nossa exposição às histórias de nossos pais sobre suas provações. Yehuda foi uma dos primeiros pesquisadores a mostrar como descendentes de sobreviventes de trauma carregam sintomas físicos e emocionais de traumas que eles não experimentam diretamente.
Esse foi o caso com Gretchen.
Depois de anos tomando antidepressivos, participando de sessões de conversação e terapia grupal e tentar várias abordagens cognitivas para mitigar os efeitos do estresse, seus sintomas de depressão e ansiedade permaneceram inalterados.
Gretchen me disse que não queria mais viver. Enquanto ela se lembrava, ela lutava com emoções tão intensas que mal podiam conter os surtos em seu corpo. Gretchen foi admitida várias vezes em um hospital psiquiátrico onde foi diagnosticada como bipolar com transtorno de ansiedade grave. A medicação trouxe um ligeiro alívio, mas nunca tocou nos poderosos impulsos suicidas que viviam dentro dela. Quando adolescente, ela se machucou ao queimar-se com uma bituca ainda acesa de um cigarro. Agora, aos trinta e nove anos, Gretchen tinha tido o suficiente. Sua depressão e ansiedade, disse ela, impediram que ela se casasse e tivesse filhos. Num tom de voz surpreendentemente importante, ela me disse que estava planejando suicidar-se antes do próximo aniversário.
Ouvindo Gretchen, tive o forte senso de que deve haver um trauma significativo na história da família. Em tais casos, considero essencial prestar muita atenção às palavras que estão sendo faladas por indícios do evento traumático subjacente aos sintomas de um cliente.
Quando perguntei como ela planejava se matar, Gretchen disse que ia se vaporizar. Por mais incompreensível que possa parecer para a maioria de nós, seu plano era, literalmente, pular em um tonel de aço fundido na fábrica onde seu irmão trabalhava. “Meu corpo irá incinerar em segundos”, disse ela, olhando diretamente nos meus olhos, “mesmo antes de chegar ao fundo”.
Fiquei impressionado com a falta de emoção enquanto ela falava. Qualquer coisa que estivesse presa parecia ter sido abandonada por dentro. Ao mesmo tempo, as palavras “vaporizavam” e “incineravam” palpitaram dentro de mim. Tendo trabalhado com muitos filhos e netos cujas famílias foram afetadas pelo Holocausto, aprendi, a deixar suas palavras me levarem. Eu queria que Gretchen me contasse mais.
Perguntei se alguém em sua família era judeu ou estava envolvido no Holocausto. Gretchen começou a dizer que não, mas depois se deteve e lembrou uma história sobre sua avó. Ela nasceu em uma família judaica na Polônia, mas se converteu ao catolicismo quando veio para aos Estados Unidos em 1946 e casou-se com o avô de Gretchen. Dois anos antes, a família inteira de sua avó havia morrido nos fornos de Auschwitz. Eles tinham sido literalmente vaporizadosenvoltos em vapores venenosose incinerados. Ninguém na família imediata de Gretchen nunca falou com sua avó sobre a guerra, nem sobre o destino de seus irmãos ou seus pais. Em vez disso, como é frequentemente o caso de trauma extremo, eles evitam o assunto por completo.
Gretchen conhecia os fatos básicos de sua história familiar, mas nunca a havia conectado isso à sua própria ansiedade e depressão. Ficou claro para mim que as palavras que ela usava e os sentimentos que ela descreveu não se originaram com ela, mas de fato se originaram com sua avó e os membros da família que perderam a vida.
Quando expliquei a conexão, Gretchen ouviu atentamente. Seus olhos se arregalaram e a cor subiu nas bochechas. Eu poderia dizer que o que eu disse estava ressoando. Pela primeira vez, Gretchen teve uma explicação para o sofrimento que fazia sentido para ela.
Para ajudá-la a aprofundar seu novo entendimento, convidei-a a imaginar em pé nos sapatos da sua avó, representada por um par de pegadas de borracha de espuma que coloquei no tapete no centro do meu escritório. Pedi-lhe que imaginasse sentir o que a avó poderia ter sentido depois de ter perdido todos os seus entes queridos. Levando-o mesmo a um passo adiante, perguntei-lhe se ela poderia literalmente ficar de pé nas pegadas como sua avó e sentir os sentimentos de sua avó em seu próprio corpo. Gretchen relatou sensações de perda e sofrimento muito fortes, solidão e isolamento. Ela também experimentou o profundo sentimento de culpa que muitos sobreviventes sentem e a sensação de permanecer vivo enquanto os entes queridos foram mortos.
Chegar a um acordo com trauma
Para processar trauma, muitas vezes é útil para os clientes ter uma experiência direta dos sentimentos e sensações que foram submersos no seu corpo. Quando Gretchen conseguiu acessar essas sensações, ela percebeu que seu desejo de se aniquilar estava profundamente entrelaçado com seus familiares perdidos. Ela também percebeu que adotara algum elemento do desejo de sua avó de morrer. Quando Gretchen absorveu esse entendimento, vendo a história da família em uma nova luz, seu corpo começou a suavizar, como se algo dentro dela tivesse sido enrolado até agora e então ela poderia relaxar.
Tal como acontece com Jesse, o reconhecimento de Gretchen de que seu trauma estava enterrado na história não pronuncia da sua família era apenas o primeiro passo em seu processo de cura. Uma compreensão intelectual por si só raramente é suficiente para uma mudança duradoura para ocorrer. Muitas vezes, a consciência precisa ser acompanhada por uma experiência visceral profundamente sentida.
Uma herança familiar inesperada
Um menino pode ter as pernas longas de seu avô e uma garota pode ter o nariz de sua mãe, mas Jesse havia herdado o medo de seu tio de nunca acordar, e Gretchen carregou a história do Holocausto da família em sua depressão. Adormecido dentro de cada um deles estavam fragmentos de traumas demais para serem resolvidos em uma geração.
Quando aqueles em nossa família experimentaram traumas insuportáveis ​​ou sofrem com imensa culpa ou sofrimento, os sentimentos podem ser esmagadores e podem escalar além do que eles podem gerenciar ou resolver. É a natureza humana; Quando a dor é muito grande, as pessoas tendem a evitá-la. No entanto, quando bloqueamos os sentimentos, inconscientemente entravamos o processo de cura necessário que pode nos levar a uma libertação natural.
Às vezes, a dor submerge até encontrar um caminho para expressão ou resolução. Essa expressão é frequentemente encontrada nas gerações que se seguem e pode ressurgir como sintomas que são difíceis de explicar. Para Jesse, o frio e o tremor implacáveis ​​não apareceram até atingir a idade que seu tio Colin estava quando congelou até a morte. Para Gretchen, a ansiedade e desespero e os impulsos suicidas de sua avó estiveram com ela durante o tempo que ela conseguiu lembrar. Esses sentimentos se tornaram uma parte de sua vida que ninguém jamais pensou em considerar que os sentimentos não se originavam com ela.
Atualmente, nossa sociedade não oferece muitas opções para ajudar pessoas como Jesse e Gretchen que carregam remanescentes de trauma familiar herdado. Normalmente, eles podem consultar um médico, psicólogo ou psiquiatra e receber medicamentos, terapia ou alguma combinação de ambos. Mas, embora essas caminhos possam trazer algum alívio, geralmente não fornecem uma solução completa.
Nem todos nós temos traumas tão dramáticos quanto os de Gretchen ou Jesse na nossa história familiar. No entanto, eventos como a morte de um bebê, uma criança dada para adoção, a perda da casa ou mesmo a falta da atenção de uma mãe ou pai podem ter o efeito de colapsar os muros de apoio e restringir o fluxo de amor em nossa família . Com a origem desses traumas à vista, os padrões familiares de longa data podem finalmente ser postos para descansar. É importante notar que nem todos os efeitos do trauma são negativos.
De acordo com Rachel Yehuda, o propósito de uma mudança epigenética é expandir o leque de maneiras de responder em situações estressantes, o que ela diz é positivo. “Quem você preferiria que estivesse em uma zona de guerra?”, Ela pergunta. “Alguém que teve adversidade prévia [e] sabe como se defender? Ou alguém que nunca teve que lutar por nada? “Uma vez que entendemos o que as mudanças biológicas do estresse e do trauma devem fazer, ela diz:” Nós podemos desenvolver uma maneira melhor de nos explicar quais são nossas verdadeiras capacidades e potenciais”.
Visto desta maneira, os traumas que herdamos ou experimentamos em primeira mão não só podem criar um legado de angústia, mas também podem forjar um legado de força e resiliência que podem ser sentidas pelas gerações vindouras.

Fonte: Revista Subjetiva On-line.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Tenham Filhos-Texto que viralisou na Internet de Bruna Estrela-Lindo.


Tenham Filhos...
Bruna Estrela.

“Se eu pudesse dar só um conselho para os meus amigos, seria esse: tenham filhos. Pelo menos um. Mas se possível, tenham 2, 3, 4… Irmãos são a nossa ponte com o passado e o porto seguro para o futuro. Mas tenham filhos.
Filhos nos fazem seres humanos melhores.
O que um filho faz por você nenhuma outra experiência faz. Viajar o mundo te transforma, uma carreira de sucesso é gratificante, independência é delicioso. Ainda assim, nada te modificará de forma tão permanente como um filho.
Esqueça aquela história de que filhos são gastos. Filhos te tornam uma pessoa com consumo consciente e econômica: você passa a comprar roupas na Renner e não na Calvin Klein, porque no fim, são só roupas. E o tênis do ano passado, que ainda tá novinho e confortável, dura 5 anos… Você tem outras prioridades e só um par de pés.
Você passa a trabalhar com mais vontade e dedicação, afinal, existe um pequeno ser totalmente dependente de você, e isso te torna um profissional com uma garra que nenhuma outra situação te daria. Filhos nos fazem superar todos os limites.
Você começa a se preocupar em fazer algo pelo mundo. Separar o lixo, trabalho comunitário, produtos que usam menos plástico… Você é o exemplo de ser humano do seu filho, e nada pode ser mais grandioso que isso.
Sua alimentação passa a importar. Não dá pra comer chocolate com coca-cola e oferecer banana e água pra ele. Você passa a cuidar melhor da sua saúde: come o resto das frutas do prato dele, planta uma horta pra ter temperos frescos, extermina o refrigerante durante a semana. Um filho te dá uns 25 anos a mais de longevidade.
Você passa a acreditar em Deus e aprende como orar. Na primeira doença do seu filho você, quase como instinto, dobra os joelhos e pede a Deus que olhe por ele. E assim, seu filho te ensina sobre fé e gratidão como nenhum padre/pastor/líder religioso jamais foi capaz.
Você confronta sua sombra. Um filho traz a tona seu pior lado quando ele se joga no chão do mercado porque quer um pacote de biscoito. Você tem vontade de gritar, de bater, de sair correndo. Você se vê agressivo, impaciente e autoritário. E assim você descobre que é só pelo amor e com amor que se educa. Você aprende a respirar fundo, se agachar, estender a mão para o seu filho e ver a situação através de seus pequenos olhinhos.
Um filho faz você ser uma pessoa mais prudente. Você nunca mais irá dirigir sem cinto, ultrapassar de forma arriscada ou beber e assumir a direção, pelo simples fato de que você não pode morrer (não tão cedo)… Quem é que criaria e amaria seus filhos da mesma forma na sua ausência?! Um filho te faz mais do que nunca querer estar vivo.
Mas, se ainda assim, você não achar que esses motivos valem a pena, que seja pelo indecifrável que os filhos têm.
Tenha filhos para sentir o cheiro dos seus cabelos sempre perfumados, para ter o prazer de pequenos bracinhos ao redor do seu pescoço, para ouvir seu nome (que passará a ser mãmã ou pápá) sendo falado cantado naquela vozinha estridente.
Tenha filhos para receber aquele sorriso e abraço apertado quando você chegar em casa e sentir que você é a pessoa mais importante do mundo inteirinho pra aquele pequeno ser. Tenha filhos para ganhar beijos babados com um hálito que listerine nenhum proporciona. Tenha filhos para vê-los sorrirem como você e caminharem como o pai, e entenda a preciosidade de se ter uma parte sua solta pelo mundo. Tenha filhos para re-aprender a delícia de um banho cheio de espuma, de uma bacia de água no calor, de rolar com o cachorro, de comer manga sem se limpar.
Tenha filhos.
Sabendo que muito pouco você ensinará. Tenha filhos justamente porque você tem muito a aprender. Tenha filhos porque o mundo precisa que nós sejamos pessoas melhores ainda nessa vida.”
Bruna Estrela



A Natural Medicina Alma da Terra vem semeando “Um caminho de amor” tecendo a cura das relações humanas, a harmonização dos “Movimentos Essenciais” na cura das relações de base familiar.
Bases firmes proporcionam a percepção da simplicidade da vida, dos gestos humanos preenchem o coração em amor.
Tenham Filhos e experimente o milagre da vida, a superação do transcender os portais do nascimento, a cura do próprio nascer para o vir a ser, “Pai” e “Mãe” no nascimento da “Nova Família”.
Sahwenya Passuello.