sábado, 2 de abril de 2011

Circulo do Feminino Alma da Terra


Clic para ampliar o folder-Ciração Tati

Dia 17 de abril (domingo) às 14;30 horas.

Queridas almas meninas, mulheres divinas, Deusas do Amor!
Vistam suas peles de foca imaginárias e venham celebrar conosco!
Estamos celebrando o segundo “Circulo de Mulheres” em 2011!


O poder da Deusa, que se manifesta por meio das mulheres, é uma matriz emocional que convida a uma fusão ou simbiose inconsciente e transmite uma sensação de chegar em casa.(Monica Giraldez)

Estas mulheres honram o seu Caminho Sagrado, quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente a sua natureza receptiva. Elas aprendem a amar, compreender, e, desta forma, curar umas às outras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade feminina.

Sahwenya Passuello

Sejam todas bem vindas !Premavati e Sahwenya.


14h30min as 18horas:Vivenciando o circulo de cura Compartilhando Dons.

Sahwenya estará ofertando a roda de cura da Medicina Alma da Terra, onde cada mulher e o grupo poderão compartilhar seus movimentos que necessitam levar a luz.

Premavati estará ofertando uma dinâmica com os florais dos Golfinhos.

Tati estará ofertando uma dança com todo um preparo amoroso para convidar a todas a dançar com a força da terra.


É importante trazer um alimento, bebida, algo simples, feito por você mesmo (se puder), ou frutas, castanhas, amêndoas etc... Fique recebam a oração para a abertura do coração de uma mulher. Enquanto elabora... respira, medita, ora, mantra... Tendo presente, no coração, a expansão do amor.
No primeiro encontro, dedicamos aos poderes feridos. Não fomos a praia, com o propósito de que todas as 40 mulheres recebesse a luz em seus corações, através de um cerimonial muito antigo da tomada do amor da grande mãe e todas as 7 gerações passadas.

Neste segundo circulo moveremos algo suave, simples, de mesmo poder de cura e beleza, com conforto e boa acomodação.Então traga um lençol para respirar e relaxar no ventre da terra, temos acomodação para 20 mulheres, se fores a vigésima primeira pedimos para trazer uma almofada..

18h30min ás 20horas: Venha de saia e entre nesta festa:

Onde? Com bom clima, será na Praia, com o ritual do fogo sagrado e cerimonial da gratidão. Oferenda de flores para as Deusas e dança em celebração.

Traga e uma flor para a construção de uma mandala. de flores para a Alma da Terra, contendo as 1000 Deusas.Expansão da generosidade abrindo para os mistérios da abundancia...

Valorização:

Primeiro ciclo: Roda de Cura: Associadas do Circulo do Feminina Flor é Ser::60-a-80 reais . Participantes de módulos aleatórios 80 a 100 reais.


Venha de saia, traga uma flor e venha para esta festa conhecer os mistérios da abundância.

Segunda ciclo Cerimoniais e Rituais Sagrados na Praia:Contribuição de 20 a 40 reais.As mulheres que participarem da primeira parte já terão a valorização deste momento incluído.


Teremos algumas surpresas, prepare-se!
Local: Sarani Terapias Holisticas
Rua Stella Maris, 188 – Ingleses – Florianopolis/ SC
Fone: 48 9962 0846 premavati@gmail.com

Faça sua inscrição com antecedência, até o dia 12 de abril, para boa organização, um gostoso conforto, um cuidado especial com tua alma menina e a tua linda mulher.

JAPÃO - por Monja Coen Sensei


JAPÃO - por Monja Coen Sensei



Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.

Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.

Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.

A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.

A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas.

Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.

Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.

Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.

Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.

Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo.

Sumimasen. Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.

O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.

Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico.

As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.

Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.

Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a meditar, a ter confiança, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.

Mãos em prece (gassho)

Monja Coen